Phelipe Carvalho é o que se pode chamar de “adolescente modelo” dentro do que o projeto Energia Olímpica propõe, no que se refere a benefícios educacionais da arte marcial formativa.
Sua história praticamente se mistura com a do projeto. Morador do Morro dos Tabajaras, tudo começou quando, aos oito anos de idade, foi levado pela mãe para conhecer o trabalho e começar a praticar algum esporte. Phelipe estava com pré-diabetes e com sobrepeso, chegando a atingir cerca de 69 quilos. Ele conta:
- Eu sempre fui obeso quando era pequeno. Aí a minha mãe me levou no médico que disse que eu tinha que fazer um esporte urgente. Ela tinha ouvido falar sobre o projeto, e me levou lá para conhecer.
A mãe de Phelipe, a princípio, queria que o menino fizesse judô, mas como as vagas já estavam preenchidas, ele começou pela luta livre, passando em seguida para o judô e outras modalidades.
- O Energia Olímpica me ajudou muito porque eu perdi o peso que eu tinha antigamente e cresci. Eu estava pré diabético, hoje em dia tenho a saúde perfeita, meu coração é um coração de atleta, perfeito.
Aos 15 anos, no momento, no Energia Olímpica ele se dedica mais à luta livre:
- No judô atualmente só tem crianças menores, de cinco, oito anos, então estou só na luta livre mesmo. Não tem gente do meu tamanho pra eu ir lá treinar.
A rotina de Phelipe não para por aí. Além do Energia Olímpica, ele também treina judô na escola. Sem dúvida, uma batalha:
- Não é uma “luta” tão grande. Eu estudo no Ginásio Experimental Olímpico (GEO, projeto da prefeitura do Rio de Janeiro que une educação e esporte). A alimentação lá é controlada, me levam ao médico, eu chego em casa nos dias de treino, me alimento direito e descanso normal.
No meio de tanta correria de treino e estudo será que sobra tempo para namorar? Ele responde com um sorriso:
- Eu tenho minha namorada. Ela também curte (esportes). Teve exame de faixa na escola de judô (ele passou para faixa verde) e ela estava lá me vendo...
Phelipe é assim. Um menino centrado, educado, extremamente dedicado aos treinos e quando perguntado sobre seus objetivos deixa bem claro a que veio:
- Tenho uma paixão enorme pelo judô. Assim como eu amo a luta livre também. Mas a luta livre não é muito difundida aqui no Brasil, e eu queria fazer crescer o nome dela aqui, através do meu desempenho. Esse é meu objetivo.
Ok, Phelipe. Estamos na torcida!
Phelipe faz questão de afirmar: "Quem me ajudou sempre foi Deus"
Fotos: Facebook